Publicado em: 05/08/2025 às 8h15
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira. Além disso, o ministro determinou busca e apreensão de todos celulares em posse do ex-presidente em sua residência em Brasília.
A Polícia Federal já cumpriu decisão na casa de Bolsonaro.
A medida foi determinada após descumprimento de cautelar que impedia Bolsonaro de usar redes sociais, direta ou indiretamente.
Em 21 de junho, o ministro Alexandre de Moraes havia reiterado que transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios e vídeos do ex-presidente não poderiam ser transmitidos em redes sociais de terceiros, como forma de burlar a medida cautelar do STF.
Moraes destacou que, neste domingo, de forma ilícita, Jair Bolsonaro se dirigiu a manifestantes reunidos no Rio de Janeiro, tentando coagir o STF e obstruir a Justiça, a partir de um telefonema de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, que publicou o vídeo nas redes sociais.
No mesmo dia, Flavio Bolsonaro apagou o vídeo como forma de omitir o descumprimento da cautelar, segundo Alexandre de Moraes.
Frente ao reiterado descumprimento das medidas cautelares impostas, Moraes então decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro e também a proibição de visitas, salvo seus advogados. Seus visitantes ficam proibidos de utilizar celulares, tirar fotos e gravar imagens com ex-presidente.
Alexandre de Moraes ainda decretou a proibição do uso de telefone celular e também manteve a proibição de uso de redes sociais por Bolsonaro, além de manter a proibição de contato com embaixadores e diplomatas de outros países, e com os demais réus e investigados da ação penal sobre o golpe de Estado.
A reportagem tentou contato com advogados de Jair Bolsonaro, mas ainda não obteve retorno.
Lembrando que as medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), outro filho do ex-presidente, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
Rádio Agência