Publicado em: 16/08/2025 às 7h50
Nesta semana, uma operação cumpriu mandados relacionados ao assassinato do empresário Antônio de Pádua Cunha Santos, ocorrido há dois anos no Povoado São Severino, em Matões. Quatro pessoas envolvidas diretamente no crime, segundo a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), foram presas.
As investigações sobre a morte do empresário são conduzidas pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e dão conta de que há três mandantes (todos da mesma família), os quais teriam pago R$ 100 mil a três executores: um pistoleiro, um responsável pelo abrigo e logística do crime e o executor.
Entre os presos está um dos mandantes e os três executores do crime. As prisões foram efetuadas em Timon, no Maranhão, e em Ulianópolis e Dom Eliseu, no Pará. Além deles, durante o cumprimento de mandados, os policiais também prenderam em flagrante por posse ilegal de arma de fogo o filho de um vereador de Timon e um fazendeiro; eles não têm ligação com o assassinato. O vereador em questão figura como um dos supostos mandantes e está sendo procurado pela polícia.
As buscas em endereços alvos da operação, inclusive no Estado do Pará, resultaram na apreensão de 12 armas de fogo, inclusive de uso restrito, sendo oito delas de grosso calibre (metralhadora e carabina). Ainda segundo a PC-MA, grande parte dessas armas foi encontrada em uma fazenda, que teria sido o ambiente para reuniões de planejamento da execução e onde um carro com vestígios de sangue do crime teria sido lavado.
A polícia informou também que, na agenda do fazendeiro que foi autuado pelas armas irregulares, foi encontrada uma anotação que corrobora a ligação entre ele o pistoleiro que, na época do crime, atuava como segurança da propriedade. Parte do armamento encontrado, de acordo com a polícia, seria desse pistoleiro. Munições e acessórios bélicos também foram apreendidos.
Ainda segundo a polícia, o grupo que articulou a execução do empresário Antônio de Pádua é conhecido por influência criminosa nos Estados do Maranhão, Piauí e Pará.
As investigações prosseguem com análise de dispositivos eletrônicos e perícias técnicas, visando identificar outros possíveis envolvidos e responsabilizar todos os integrantes do grupo.
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