Publicado em: 12/09/2025 Às 8h20
As exportações de produtos afetados pelo tarifaço impostos pelos Estados Unidos a produtos brasileiros caíram 22% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024.
Já as vendas de itens que não sofreram taxas adicionais dos Estados Unidos recuaram 7%.
A constatação está no Monitor de Comércio Brasil-Estados Unidos, boletim elaborado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
De acordo com a entidade, os dados do mês passado indicam que as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos provocaram uma queda expressiva nas exportações brasileiras e vêm contribuindo também para a desaceleração das importações.
A análise é feita em cima de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que já havia revelado que as exportações brasileiras para os Estados Unidos regrediram 18,5% em agosto em comparação ao mesmo mês de 2024.
Já em relação aos produtos não taxados, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil avalia que a queda de 7% foi influenciada “sobretudo por fatores de mercado, como a menor demanda dos EUA por petróleo e derivados”.
Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, o comércio entre os dois países chegou a U$ 56 bilhões. As nossas exportações somam U$ 26 bilhões e apresentam alta de 1,6% ante janeiro a agosto de 2024.
Mas o resultado isolado de agosto significou a maior queda mensal de 2025, “indicando que o tarifaço influenciou as decisões empresariais”, aponta a entidade.
O tarifaço imposto pelo governo Donald Trump de até 50% para grande parte das vendas brasileiras para os Estados Unidos está valendo desde o dia 06 de agosto. Ficaram de fora da taxação extra cerca de 700 produtos, entre eles suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios e celulose.
Rádio Agência