Publicado em: 08/08/2025 às 8h15
SÃO LUÍS – O passageiro Israel Camargo, que estava no voo AD4816 da companhia aérea Azul, contou como foi o momento do pouso de emergência. O avião que partiu do Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís, a caminho do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, teve que ser desviado para o Aeroporto Internacional de Brasília na noite desta quinta-feira (7) após ameaça de bomba.
Ninguém foi informado, inicialmente, sobre a ameaça de bomba, segundo o relato do passageiro. Israel disse que acompanhava o voo pelo mapa on-line quando notou uma alteração no tempo de chegada.
“Eu sempre coloco o mapa de voo para visualizar né? E ali eu tava vendo que já tava faltando uma hora e vinte e sete pra gente chegar em Campinas. O voo tava bem turbulento realmente. Ele sempre tava colocando aviso de atar cinto. Do nada mudou o horário de uma hora e vinte e sete e foi para três horas e três minutos. A gente viu uma reta, ele tava descendo e, até então, nenhum comunicado. Nada” detalha Israel.
“Alguns segundos depois desligou todas as telas, a gente não teve mais acesso, não conseguiu usar. E aí o piloto falou que tinha dado um problema operacional e que a gente precisava fazer esse pouso forçado em Brasília”, continua relatando o passageiro.
Por fim, já em solo, os passageiros aplaudiram o sucesso do pouso, mas ainda tiveram que aguardar por mais tempo sem serem informados da ameaça de bomba. “A gente começou a estranhar porque em nenhum momento eles falaram pra gente. A gente ficou uma hora no avião mesmo depois de ter pousado. Dava pra ver que não era uma área própria, onde os aviões pousam e decolam, era remota, porque a gente ficou bem afastado. Depois o piloto falou que tinha solicitado as escadas e o ônibus, que de fato ocorreu”, contou Israel.
Ele afirmou que soube da ameaça de bomba por meio das notícias ao conseguiu sinal de internet no deslocamento da aeronave até o aeroporto. Israel Camargo é de Brasília (DF), mas mora em São Luís.
A Polícia Federal descartou a presença de qualquer artefato explosivo no avião da companhia aérea Azul que fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Brasília. A PF informou ainda que as investigações sobre a autoria da ameaça seguem em curso e que a aeronave foi liberada para retomar a operação. Leia a nota:
“Após varredura antibombas, a Polícia Federal descartou a presença de qualquer artefato explosivo em aeronave da companhia aérea Azul que, na noite desta quinta-feira (7/8), teve voo alternado para Brasília. O avião foi liberado para retornar à operação.
As investigações sobre a autoria da ameaça seguem em curso”.
De acordo com a Azul, o pouso do voo AD4816 ocorreu de forma segura e todos os passageiros desembarcaram normalmente, apesar do susto. Depois disso, o avião permaneceu na pista do Aeroporto de Brasília e foi submetido a uma inspeção técnica das autoridades competentes. Até o momento, não há informações confirmadas sobre a localização de qualquer artefato explosivo.
Em nota, a Azul ressaltou que está oferecendo todo o suporte necessário aos passageiros do voo AD4816 e disse que esses procedimentos são importantes para preservar a segurança, não só das operações, mas também dos clientes e tripulantes.
Confira a nota da Azul:
A Azul informa que o voo AD4816 (São Luís-Viracopos) declarou emergência e precisou alternar para o aeroporto de Brasília, preventivamente, devido a questões de segurança envolvendo ameaça de artefato a bordo. O pouso aconteceu normalmente, e os Clientes e Tripulantes desembarcaram em total segurança.
A Azul vai garantir todo o suporte necessário após a liberação das autoridades. A Companhia ressalta que medidas como essas são necessárias para garantir a segurança de suas operações, valor primordial para a Azul.
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