Publicado em: 10/09/2025 às 08h16
Quase 22% da população adulta brasileira, entre 25 e 64 anos, tem ensino superior. O índice é menor que a média de 48% da OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.
Nessa faixa de idade aqui no Brasil, o mais comum é ter nível de educação abaixo do ensino médio completo, o que representa um desafio para o acesso ao ensino superior e para a permanência na universidade.
Os dados estão no relatório Educação em Resumo 2025, divulgado pela OCDE e analisado pelo Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação.
Segundo o estudo, a evasão no primeiro ano da graduação passa de 20%, muitas vezes por dificuldades financeiras ou falta de preparo.
Outro problema é a média de 62 alunos por professor nas faculdades privadas, contra 18 da média da OCDE. O atendimento ao aluno e a qualidade do ensino são afetados pela superlotação.
No ensino público, a média é de 10 estudantes por professor, abaixo dos 15 da OCDE. Só que dos quase 10 milhões de alunos do ensino superior no Brasil, quase 80% estão em instituições privadas, e a maioria deles estuda à distância, segundo o MEC.
Entre os pontos positivos, 84% dos nossos professores do ensino fundamental têm formação superior, um bom indicador de qualificação, ainda mais quando outro destaque vem da educação infantil. A coordenadora de Estatística Internacional Comparada do Inep, Cristyne Carvalho, que destacou que 75% das crianças entre três e cinco anos estão matriculadas na educação infantil.
O Brasil também investe 2,6% de toda a riqueza produzida no país em educação primária, superando a média da OCDE de 2,2%. Outro destaque é que o ritmo de crescimento de pessoas com mestrado tem sido similar ao da OCDE.
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico é formada por 38 membros, principalmente por países ricos e desenvolvidos, mas tem nações emergentes, como Argentina, México, Chile e Brasil, que buscam se tornar membros.
Uma das condições para integrar a OCDE é melhorar indicadores importantes, como os de educação, além de adotar práticas internacionais que aumentam a confiança e atraem investimentos.
Rádio Agência